Empresa de eventos virou fintech em meio à pandemia

Empresa de eventos virou fintech em meio à pandemia

Empresa de eventos virou fintech em meio à pandemia

Otro hace 3 años

A pandemia exigiu resiliência e criatividade do setor de eventos.
As transmissões ao vivo ganharam protagonismo, ajudando algumas
empresas a recuperar ou até aumentar a receita. Não satisfeita, a
Gramado Summit encontrou outra saída: ingressou no universo das fintechs. Sua nova frente fornecerá uma plataforma de gestão e venda de ingressos a outros organizadores.

A
empresa foi fundada em 2017 por Marcus Rossi. Até então, seu principal
foco era a realização de seus próprios eventos. As medidas restritivas
exigidas pela Covid-19 não foram o único desafio enfrentado a partir de
março. Na época, a plataforma usada para vender ingressos anunciou uma
mudança em suas políticas.

Em vez de repassar os recursos dentro de alguns dias, como era feito,
a empresa passaria a fazê-lo apenas quando o evento ocorresse. “O
dinheiro dos ingressos é capital de giro para uma organizadora de
eventos. Eles mudaram do dia para a noite e não aceitaram negociação”,
conta Rossi.

A solução foi criar uma plataforma para vender os
ingressos e fazer a gestão dos participantes. O sistema foi colocado no
ar em maio, após dois meses de desenvolvimento. Uma parceria com a
GetNet permitiu que ela mesma processasse os pagamentos, evitando as
taxas de outras subadquirentes.

O processo também permitiu
melhorar outros fatores que não eram ideais em outras plataformas, como o
excesso de dados exigidos na hora da compra. Logo Rossi concluiu que o
sistema poderia atender outros organizadores de eventos – e qualquer
empresa que precisa vender ingressos em grande escala, como os parques.

Para escalar a solução, o empreendedor captou um investimento anjo de
R$ 400 mil com a proprietária do Snowland, parque localizado em Gramado
(RS). A proximidade a ele também ajudará a entender o funcionamento e
as demandas desse mercado para captar outros clientes no futuro.

A
plataforma ganhou o nome de Iris. Além de permitir a venda de
ingressos, ela ajudará os organizadores a gerenciar os visitantes de
eventos e espaços. Segundo Rossi, outro diferencial são as taxas
competitivas: 5% para vendas à vista e cerca de 10% para as parceladas.
Os recursos serão repassados diretamente aos organizadores.

O
sistema começará a rodar em fase beta em janeiro de 2021. O plano é
iniciar a expansão pelo Rio Grande do Sul, começando por clientes
menores. “Acho que nenhuma empresa que criou uma plataforma para
organizadores era um organizador de eventos”, afirma Rossi. “Quando você
mesmo tem uma dor e começa a solucioná-la, cria produtos muito melhores
para o seu nicho.”